Todos os seres humanos, inclusive eu, têm a tendência incrível de se esconderem atrás de uma carapaça dura e impenetrável de forma a esconderem os seus verdadeiros sentimentos. Mas esquecemo-nos que tudo quebra... e um dia, junto com essas fortes carapaças, quebram-se também os nossos corações.
No nosso quotidiano, aprendemos, crescemos criamos momentos de intensa felicidade e alegria, mas também choramos, sofremos e cometemos erros. Esses erros fazem parte da construção da nossa personalidade e também da nossa maior ou menor fragilidade enquanto seres humanos. Li algures que as lições da vida não se medem em sabedoria, mas em calosidades e cicatrizes.
Quem somos, o que fazemos, as grandes e pequenas decisões da vida, os obstáculos que transpomos todos os dias, nesta longa caminhada nunca é nada comparado com a vida da pessoa que está mesmo ao nosso lado e como está escondida na sua forte carapaça, nada nos mostra, nada transmite... até ao dia em que uma pequena rachadela abre uma brecha, deixando jorrar um bocadinho do sofrimento oculto. Então constatamos espantados, que quantas vezes invejamos aquela vida e afinal a nossa é que é perfeita e maravilhosa, mesmo com os senãos que nos torna menos felizes.
Nesta sociedade tão individualista nem sequer é possível pensar em mostrar os sentimentos ao nosso vizinho. No entanto acredito que todos os seres humanos mais tarde ou mais cedo têm o seu momento de fragilidade e felizmente também acredito que mais tarde ou mais cedo encontrarão alguém que os escute com o coração. É disto que necessita este mundo para vivermos melhor.
Quem não tem sonhos e objectivos! Lutamos incansavelmente por os alcançar e quando os obtemos, normalmente procuramos uma nova etapa a atingir. Tudo isto é correto, faz parte do nosso crescimento e é uma grande ajuda para nos inserirmos neste mundo tão competitivo. Mas até que ponto saberemos parar para conseguirmos e termos tempo para olhar para as coisa belas da vida? Quantos pais não viram os seus filhos crescer? Quantos não tiveram tempo para arranjar amigos ou família e de repente apercebem-se que estão sós?
E se mais tarde nos arrependermos de não ter feito mais? É fácil contentarmo-nos com pouco, porque já achamos muito e esse muito a longo prazo torna-se insuficiente...
A Fragilidade humana dita as regas do contentamento ou descontentamento, da vontade de vencer e ir cada vez mais longe ou ficar pelo que já se tem. Isso não é criticável! Cada ser humano é como é... e acima de tudo cada um deve procurar a sua felicidade e essa sim, muitas vezes é o maior tesouro que se pode conquistar.
As fragilidades fazem parte do ser humano, quando podemos dominar e ou ultrapassar esses momentos conseguimos as nossas conquistas e vitórias e a vida prosegue...
ResponderEliminarQuando as fragilidades nos sufocam e parece não haver forças para sair delas, temos que nos superar porque por vezes vamos buscar força onde parece não existir.
Gostei do texto