terça-feira, 28 de setembro de 2010

Simplesmente Ser!

Quantas vezes já pensei
Transformar-me noutro ser.
Mudar de rosto, de corpo
Até de alma também!
Mas a alma é eterna
Imutável, eu sei.

Estou farta de tudo
e nem sei bem de quê
É a merda deste mundo
Onde não quero estar
e onde sempre permanecerei
Tal como numa prisão,
encarcerada em pensamentos
transcendentes,
actos inconsequentes
Que não têm explicação

Sentimentos frios, quentes...
Como feridas ardentes
Que me ferem o coração
Quantas vezes amargurado
E tão poucas vezes não.
Porém a tristeza
essa dor irrevelada
no meu sorrir...
Essa, sempre habitará
Eterna, dolorosa, emocionante
encarcerada no meu coração.

Com repugnância tento fugir
insisto em me soltar
Destas grades decrépitas,
corro sem olhar para trás
como se algo perseguisse
a minha mente perspicaz.

Essa que jamais desejei possuir
Essa que só me oferece
tristezas vãs.
Ver o indizível, o inefável
dos que querem esconder
os sentimentos verdadeiros
sejam bons ou traiçoeiros.
Não, não me conseguem enganar
infelizmente consigo ver a alma
Nesse falso olhar de prodidão!

1 comentário:

  1. Compreendo essa tua amargura, a vida é composta por muitas versões, umas controláveis, outras nem tanto. Convivemos e quantas vezes esse convívio não é puro, nem sincero...
    O velho ditado popular "é a porca da vida" ou como dizem os vimarenenses "a vida é muito coira".
    Beijos

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