terça-feira, 30 de agosto de 2011

Oásis

Injustamente partiste
e deixaste-me num deserto sem fim.
Caminho por entre dunas, declives e rectas assustadoras.
Nesta minha caminhada procuro um Oásis
para me acolher.
Mas tudo, até agora, não passa de uma longínqua
e infindável miragem.
O meu deserto tem muitas tempestades
que me derrubam
e me fazem enfraquecer...
entorpecida, exausta, caminho,
arrasto o meu corpo cansado
ergo-me e observo mais uma vez o infindável horizonte.
Não desisto!
Um dia encontrarei o Oásis para me acolher.

sexta-feira, 22 de julho de 2011

Amo-te como sempre. Para sempre te amarei!

Seis meses separam a tua presença física...
Seis meses que interrompem o aniversário de 22 anos de uma vida em comum.
Uma vida de partilha, amor, muita cumplicidade, grandes momentos de intimidade e intensa paixão e muitas vezes apenas a enorme Amizade que une dois seres e os faz sentir realizados, amadas e desejados. Completavas-me!
Estes seis meses criaram uma linha, para alguns de puro aço, mas para mim, uma linha tão ténue que embora a tua presença física, a tua voz e os teus carinhos façam parte de um passado, tu estás comigo e em mim.
Pediste-me para eu nunca mudar a minha essência, a minha forma de estar na vida, e só muito poucas pessoas sabem que isso quer dizer!
No entanto, eu era assim porque te tinha como a parede mestra do meu templo e quando a coluna que tão bem me equilibrava desabou o me templo ficou instável e inseguro...
Sei que me queres ver feliz.
Sei que me dás a força que preciso para me manter aqui!
Sei que continuarás a aprovar ou a reprovar as minhas atitudes, ou impulsos.
Mas, também sei que me dás o livre arbítrio de escolher, de escolher errar, bater com a cabeça na parede, ou tomar a atitudes mais acertadas.
Não importa o que vai acontecer no futuro.
não importa se ao longo da minha existência irei voltar a sorrir por dentro, não importa se irei voltar a criar cumplicidade, ou momentos de intimidade e, quem sabe, uma simples ou grande Amizade com alguém.
Tu marcaste a minha vida, a minha personalidade a minha forma de ser e de estar.
Permanecerás para todo o sempre comigo e em mim.
Amo-te como sempre.
Para sempre te amarei!

terça-feira, 14 de junho de 2011

Um mundo

Olho e vejo,
vejo sem nada ver,
abre-se um mundo de fantasia
que se recusa a me acolher.

Olho e vejo...
uma montanha verdejante
com lindíssimas quedas de água
formando uma beleza estonteante.

Olho e vejo...
belos jardins floridos
com imensas crianças alegres
formando grupos coloridos.

Olho e vejo...
um enorme terreno baldio
com absoluta beleza agreste
fértil para acolher lavradio.

Olho e vejo...
um povoado, uma cidade
imensas pessoas a sorrir
mostrando plena felicidade.

Fecho os olhos e sonho,
que estou nesse mundo
e tudo o me envolve
não é apenas pano de fundo.

Abro os olhos e choro
deixo as lágrimas correr
o mundo é de fantasia
e não me quer acolher.

sexta-feira, 3 de junho de 2011

Um simples abraço!

Preciso de ti amigo,
dá-me o teu abraço
para que possa chorar
aconchega-me nos teus braços
sem nada perguntar.

Preciso de ti amigo,
deixa-me libertar a dor
que me impede de respirar
através do teu reconfortante ombro
apenas deixa-me chorar...

Aperta-me com muita força
mesmo com medo
de me poder esmagar
liberta-me do sufoco
sem nada perguntar!

sábado, 28 de maio de 2011

Saudade!

O papel está branco,
a minha mente fervilha...
são imensas as palavras
as pessoas,
tantas as ideias
que nada consigo transcrever
no branco da folha de papel.

Sinto saudades daqueles momentos
íntimos e infinitos
onde a caneta não pára
não consegue parar,
cansado a mão
deixando os dedos entorpecidos,
doridos,
mas oferecendo um brilho
ao meu olhar!

Sinto que necessito
de ver o mar
aquele infinito azul
as ondulações, fortes ou suaves
tal como o nosso estado de espírito.

Que saudades de me deslumbrar
com um por de sol à beira mar!

O cheiro da maresia
o vento fresco
que nos gela o corpo
mas acalma a mente
fervente...

O som das ondas
vigorosas
a embater nos rochedos
imponentes
tal como as nossas memórias.

O sol a reflectir
feixes de luz
no azul
que nos ajudam a entender a nossa cruz
o nosso fadário
bom ou mau,
tal como um núncio
que nos revela
que tem que ser assim.

Sentir a gélida
agua do mar
a rocegar nos meus pés
regressando para trás,
tal como um íman
voltando a passar
ao de leve
mesmo no ponto
onde a areia faz fronteira
entre o seco e o molhado
tal como o limite
de ser ou não ser amado.

Encher as mãos de areia
e vê-la a escorrer
por entre os dedos
assim como os anos passam
e nem nos apercebemos...

Sentirmos-nos vivos
nesta imensidão
de azul infinito
vivos e imponentes,
ou apenas sobreviventes.

quarta-feira, 18 de maio de 2011

Descarga!

Como podeis criticar a minha postura.
O meu sorriso, ou a minha forma de estar?
Que sabeis vós de mim óh povo!?
Quereis as minhas lágrimas, para colocar a vossa mão no meu ombro?
Quem vos julgais para ter a dignidade de o fazer?
Alguém que passou por algo semelhante?
Alguém que acha que o sofrimento é transparente?
Podeis criticar, podeis falar e comentar... não preciso da vossa mão no meu ombro,
porque essa vossa mão ou esse vosso estúpido olhar empurra-me para o abismo...
Não! Eu estou cá, sou uma sobrevivente.
Sofro e aprendo todos os dias, porque ao contrário de vós,
óh gente vil, eu aprendi a amar e a aceitar.
Isso sim, podeis criticar!

quarta-feira, 11 de maio de 2011

Quem ama sofre!

Encontrei-te e fugiste
Para sempre fugiste de mim
Sinto-me tão só e triste
Oh Deus!
Por favor volta para mim.

Sinto tanto a tua falta
Acalentavas o meu ser
Ninguém imagina a revolta
De te querer,
e não te poder ter.

Dizem-me que há limites
Escritos, decorados e acertados.
Como fronteiras da razão.
Onde estão gravados?

No papel!
Não no meu coração!

Estou conformada,
só tenho que aceitar.
acredito num reencontro
para eternamente nos juntar.

Dizem que um poeta sonha
Até sofre dores que não sente
É uma forma de expor
o sofrimento de muita gente.